Diferença entre ações e ADRs negociadas nos EUA

Diferença entre ações e ADRs negociadas nos EUA

Em um mundo cada vez mais conectado, compreender as opções de investimento disponíveis é fundamental para quem busca um portfólio global diversificado. Ao explorar a diferença entre ações negociadas no país de origem e ADRs listados nos Estados Unidos, investidores podem expandir horizontes e tomar decisões mais informadas.

O que são ações e ADRs

As ações representam fração do capital social de uma empresa, negociadas diretamente na bolsa de valores do país de origem, como a B3 no Brasil ou a NYSE nos EUA. Ao adquirir uma ação, o investidor assume propriedade direta e passa a ter direitos proporcionais, que incluem recebimento de dividendos e participação em assembleias.

Os ADRs, por sua vez, são certificados emitidos por bancos americanos que dão ao investidor nos EUA acesso às ações de empresas estrangeiras sem operar em bolsas externas. Cada ADR corresponde a uma proporcionalidade de ações originais, negociadas em dólares e seguindo normas do mercado norte-americano.

Funcionamento e fluxo operacional

No caso das ações locais, o processo envolve a compra direta através de uma corretora dentro do país de origem, liquidação em moeda local e pagamento de impostos conforme a legislação interna. Já os ADRs passam por três etapas principais:

  • Banco depositário compra ações no mercado de origem e as mantém em custódia.
  • Emissão de certificados ADR baseados nas ações custodiadas, em lotes, frações ou múltiplos.
  • Negociação em bolsas americanas como NYSE e NASDAQ, com liquidação em dólar.

Para facilitar a visualização dessas diferenças, confira a tabela a seguir:

Tipos de ADR e requisitos

Existem três níveis de ADR, cada um com obrigações diferentes junto à SEC e ao mercado:

  • ADR Nível 1: exigência regulatória mínima e simplificada, negociados no mercado de balcão (OTC), com menor liquidez.
  • ADR Nível 2: compromisso regulatório intermediário importante com normas da SEC, permitindo listagem em bolsas como NYSE e NASDAQ.
  • ADR Nível 3: rigor regulatório máximo exigido pela SEC, viabiliza IPO nos EUA e exige uso de padrões contábeis americanos (US GAAP ou IFRS).

Vantagens e desvantagens

Ao decidir entre ações e ADRs, é importante avaliar diversificação internacional sem complicações e custos associados a cada opção.

  • Vantagens dos ADRs para investidores:
    • Acesso ao mercado americano sem abrir conta no exterior.
    • Liquidez geralmente elevada e negociação em dólar.
    • Simplificação de declaração tributária nos EUA.
    • Recebimento de dividendos em dólares, após desconto de taxas.
  • Desvantagens dos ADRs:
    • Taxas administrativas do banco depositário.
    • Possível diferença de liquidez em relação à ação original.
    • Limitações em direitos societários, como voto em assembleias.

Dicas práticas para investidores

  • Compare taxas e custos de cada modalidade e avalie o impacto no retorno líquido.
  • Verifique o nível de ADR para entender obrigações regulatórias e transparência.
  • Analise a liquidez média diária antes de alocar recursos.
  • Considere a conversão cambial e flutuação de moedas ao planejar o investimento.
  • Mantenha um portfólio equilibrado, combinando ações locais e ADRs para reduzir riscos.

Considerações finais

A jornada de investir em ações e ADRs é também uma oportunidade de se conectar com empresas líderes globais e ampliar perspectivas. Ao compreender profundamente as particularidades de cada formato, o investidor ganha autonomia para escolher caminhos que reflitam suas metas e tolerância a riscos.

O futuro financeiro espera por quem se prepara: com conhecimento e estratégia, é possível expandir amplos horizontes financeiros globais e colher frutos em mercados nacionais e internacionais, transformando sonhos em resultados concretos.

Fabio Henrique

Sobre o Autor: Fabio Henrique

Fábio Henrique, 32 anos, é redator de finanças no gmotomercado.com, especializado em traduzir o universo do crédito para o público que busca clareza e praticidade.